domingo, 21 de setembro de 2008

Músculo pagão

Boff’s e Da Vinci’s
Caos de um corpo Vitruviano
Perfeição sem sentido
Num mundo
Mundano

Dualismos e dualidades
Capital
A certeza
De quê apenas um animal
Traz consigo
A vitrine de um mal

Incessante aos olhos nus
Espelho
Reflexo espiritual
Trágica comédia
De uma borboleta cega
Que não voa
Ecoa

Ainda as suas batidas
As suas asas
Quebradas
Não mais atadas

Descompassadas ao vento
Atreladas à percussão
De um músculo pagão
Som de um trovão
Efeito na água
Caída no chão

Ao chão eu fui
E nele me faltei
Quando de certo descobri
No meu reflexo
O Dela
Anexo
O de um animal
Um mal que nunca vi

sábado, 20 de setembro de 2008

Negro púrpuro

Fui eu quem atuou
Sou eu
Quem sou?
Ator
Prefiro morrer de amor
A viver num desamor

Fui eu, fui eu
Quem desarmou
E continuo a insistir
Nesse sonho me meti
Desse sonho não menti
Preferi prosseguir
Seguir...

Sem ver razão
Segui
Olhos de um coração
Não vi
Onde foi que me meti
Senti
Olhos de um coração vivi

Pupilas negras de um castanho
Olhos de um coração que batia cego
Estranho
Pupilas negras de retina luz
Luz do túnel
Este no fim
Reproduz

Castanhos olhos negros
Estranhos pretos
Cor púrpura
Cura
De um sentimento
Teu brio de amar